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A onda do caos Dois anos após o 11 de setembro, o que chama a atenção de qualquer observador atento aos fatos é que as espetaculares vitórias norte-americanas se afundam politicamente num atoleiro, tanto no Afeganistão quanto no Iraque
Niilismo O ataque que destruiu a sede das Nações Unidas demonstrou a limitação intelectual e o comportamento criminoso dos responsáveis pela ação, que podem ter provocado, com isso, o fortalecimento da posição norte-americana na região
Nos tempos da Unidade Popular Brutalmente enterrada no fatídico 11 de setembro de 1973, os relatos daquela época marcada pela esperança de um mundo melhor são parte da “batalha pela memória” que se trava no Chile, ainda asfixiada pela amnésia provocada pela junta militar
O sonho de Salvador Allende No Chile da década de 60, Salvador Allende foi um revolucionário atípico: acreditava na via eleitoral da democracia representativa e na possibilidade de instaurar o socialismo dentro do sistema político vigente
Noite da vitória As pessoas gritavam, pulavam - ’El que no salta es momio’ [Quem não pula é reaça!] -, abraçavam-se para ter certeza de que não estavam sonhando. Ah! Como esse país era magnífico e como eram maravilhosos esses chilenos politizados até a raiz dos cabelos!
A corrida às embaixadas Quando o palácio La Moneda foi bombardeado, no dia 11 de setembro de 1973, a esquerda chilena estava desprevenida e a tragédia foi total. Foi um salve-se quem puder. Todo mundo correu para as embaixadas. Cadáveres boiavam no rio Mapocho...
Lições de uma tragédia As indispensáveis reformas de estrutura não exigem só o consenso das forças de esquerda, mas a cooperação de outras forças populares. Eis a lição do 11 de setembro chileno, mas ainda não explorada em lugar algum
Uma literatura claustrofóbica De 1973 a 1983, o Chile viveu a década do ’apagón’ cultural. Toque de recolher e estado de sítio permitiram à ditadura esconder os crimes e os fantasmas que, 30 anos mais tarde, ainda assombram o imaginário coletivo da literatura chilena
Rumo à liberalização geral A cada dois anos, a reunião da conferência ministerial, instância suprema da OMC, atrai a atenção do mundo, mas é longe dos olhares dos manifestantes que se fazem as negociações que realmente interessam para os paladinos do livre comércio
As três aberrações das políticas agrícolas Para impedir o agravamento da fome no Hemisfério Sul e a morte dos campos no Hemisfério Norte, os acordos internacionais devem ser reconstruídos sob o princípio da soberania alimentar, sem qualquer espécie disfarçada de dumping
A questão diversidade cultural O objetivo francês é o de chegar a um instrumento jurídico internacional sobre a diversidade cultural, ou seja, uma convenção. Quem se poderia opor a objetivo tão sensato? Na verdade, forças muito poderosas, a começar pelos Estados Unidos
Os limites da reforma agrária de mercado Uma das mais pesadas heranças do apartheid, quando o CNA assumiu o poder, 84% das terras agricultáveis estavam nas mãos dos fazendeiros brancos. Ao optar por uma solução de mercado, em oito anos, somente 1, 2% das terras agricultáveis foram transferidas para os agricultores negros
Gêneros alimentícios versus transgênicos Enquanto o Zimbábue e a Zâmbia lutam para evitá-los, a África do Sul tornou-se a porta de entrada dos transgênicos no continente, onde pode encontrar sua melhor clientela: fazendeiros em busca de lucro rápido e um governo que aposta cegamente no progresso tecnológico
As armadilhas do “livre comércio” do algodão Com a crise da vaca louca, a demanda por algodão – principalmente forragem, para alimentação de gado – disparou. Mas a superprodução e os subsídios aos agricultores (na Europa e nos EUA) fizeram a cotação despencar no promissor mercado africano
O fim de um modelo? Criada em 1949, uma sociedade anônima francesa de assistência ao setor algodoeiro entrou em conflito com a política neoliberal adotada pelo Banco Mundial. Embora ainda forte na comercialização, a empresa não conseguiu impedir as privatizações
Os nós cegos da força política de Berlusconi O tempo de posturas arrogantes na mídia parece ter acabado para os governantes europeus. Blair precisou justificar sua campanha a favor da guerra no Iraque, Raffarin sua administração durante a canícula mortífera. Agora seria a vez de Berlusconi?
A canícula, sintoma de um sistema doente O impressionante número de mortes provocadas por uma canícula, já prevista pelos meteorologistas, expôs as deficiências do sistema de saúde francês e a aflição e o abandono das pessoas idosas, especialmente as que vivem na região de Paris
O impasse da resistência palestina Fracassada em seu propósito de acelerar o fim da ocupação e corrigir os desvios dos acordos de Oslo, a Segunda Intifada fortaleceu Sharon e se atolou em uma guerra sem controle, que veio a acentuar a disputa entre facções pela liderança do movimento nacional palestino
Tele-evangelistas à moda egípcia Com a rivalidade que, durante 25 anos, desgastou o islamismo oficial e o islamismo político, surgiram novos atores no Egito – artistas arrependidos, pregadores da burguesia – com um estilo próximo dos tele-evangelistas norte-americanos
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Os cães de guarda da ordem social Empoleirados na posição de árbitros das habilidades tecnológicas da mídia, os jornalistas parecem isentos de qualquer crítica. Seus mitos profissionais exaltam a autonomia, a liberdade, a busca individual, mas ignoram, quase em absoluto, a realidade social
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Os grevistas, esses doentes mentais Para os “analistas” da grande imprensa, os professores em greve contra as reformas neoliberais pretendidas pelo governo francês são “descerebrados” e seu movimento, uma atitude “revanchista e irracional” que defende propostas “irreais”
Uma revolta em nome do ensino igualitário Mesmo sem consenso pedagógico, o movimento dos professores reafirmou com vigor, na mobilização de 2003 contra a reforma descentralizadora de Raffarin, seu vínculo com o serviço público de educação nacional e sua vocação democrática
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O que mata a Universidade Desde 1981, quando subitamente aumentou a carga horária de ensino em 50%, os professores universitários sofreram sem protestar a invasão das reformas, a multiplicação do número de alunos e a lenta degradação de sua condição de trabalho
O humanismo ou a barbárie Enquanto todo o império diz ser diferente daquele que o precedeu, argumentando que sua missão é civilizar, garantir a ordem e a democracia, usando a força como último recurso, a vontade de compreender o outro exclui, a priori, a ambição de dominação
Abaixo a propriedade privada A sacralização da propriedade começou quando colocou-se no mesmo plano os bens de uso pessoal, dos quais os indivíduos desfrutam sozinhos ou com sua família, e os meios necessários à produção, que resultam em geral, da apropriação privada de todo ou de parte de um trabalho social
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A honra dos funâmbulos De 1925 a 1960, do manifesto contra a guerra do Rif ao dos 121, contra a guerra da Argélia, o pensamento e os compromissos políticos de André Breton constituíram sempre uma linha reta e nítida: o posicionamento a favor do lado minoritário
Paradoxos do cinema iraniano Nas últimas duas décadas, o cinema iraniano virou importante produto de exportação. A revolução islâmica mudou sua face, mas não prejudicou sua ascenção no exterior. Até onde esse sucesso estaria ligado às próprias dificuldades do país?
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