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Em meio século, nada mudou na Turquia, onde os presos políticos continuam fazendo greve de fome, não pela liberdade, como Nazim Hikmet, mas para recuperar a dignidade. Para defender o direito de viverem juntos, uma “presença comum”
- (01/02/2002)
Uma velha senhora caminha em meio à multidão na ponte Galata, em Istambul. Carrega um cartaz em que se lê: “Meu filho Nazim Hikmet está fazendo greve de fome. Eu também quero morrer.” A foto foi feita em um dia de primavera, as árvores da Pointe-du-Sérail estão floridas. Seu filho, o grande poeta turco Nazim Hikmet (1902-1963), cujo centenário se comemora este ano (leia, nesta edição, o artigo “O comunista romântico, de Charlotte Kan), parece cansado em outra foto do mesmo jornal, de 9 de maio de 1950. “Nazim Hikmet está fazendo greve de fome há seis dias”, diz o título em letras garrafais. E, cinqüenta anos depois, no limiar do século XXI, o sub-título parece algo insólito: “O médico da prisão diz que, em caso de perigo de morte, vai intervir1 .”
Mas o que vai fazer exatamente esse médico? Forçar o preso a comer. Condenado a uma pena pesada, em um longo processo construído nos mínimos detalhes, o poeta estava preso em Bursa, há doze anos, quando começou uma greve de fome para recuperar a liberdade. E ainda teve forças suficientes para escrever o poema “O quinto dia de uma greve de fome”, dedicado a seus amigos franceses, entre eles os poetas Tristan Tzara e Aragon, que lutavam por sua libertação: “Meus irmãos / Se não conseguir dizer da melhor forma / O que tenho para lhes dizer / Queiram me perdoar / Estou tonto, uma ligeira tontura / Não de raki2 / De fome, um pouquinho.”
Em meio século, portanto, nada mudou na Turquia, onde os presos políticos continuam fazendo greve de fome, não pela liberdade, como Nazim Hikmet, mas para recuperar a dignidade. Para defender o direito de viverem juntos, essa “presença comum” de que fala René Char. E isso não é recente. Em Le Dernier tramway, coletânea de contos do exílio, escrevi essas linhas há mais de vinte anos: “Mas meu corpo não pode sofrer com os corpos esqueléticos das crianças africanas, como não pode sofrer com os destes jovens, da minha geração, mortos nas prisões turcas devido às greves de fome. A televisão não pôde mostrar estes últimos, pois não havia jornalistas autorizados a entrar nos locais, mas a morte deles se espalha em mim como uma mancha quente, coagulada pelo sol do meu país.”
Atualmente, os jornalistas estão mais presentes nos lugares do drama e podemos assistir à morte lenta, ao vivo, por meio das telas da televisão. Ou rápida, conforme as circunstâncias. Há cerca de um ano, no dia 19 de dezembro, por paradoxal que possa parecer, a “Operação pela volta à vida”, conduzida pelas forças da ordem contra os presos em greve de fome, terminou com dezenas de mortes, algumas entre os policiais. Estranho título para uma ação durante a qual a vida humana nunca foi levada em consideração. Senão, como explicar esse resultado desastroso, a utilização de armamento pesado, helicópteros e buldôzeres para demolir os muros?
Jamais esquecerei o rosto de uma jovem, como uma máscara de morte, gritando, antes de ser levada para o hospital: “Nos queimaram vivos”. Ou então o de Fidan, uma outra jovem – cujo nome significa “broto” em turco – que morreu queimada na primavera da vida. É claro que poderão dizer-me que eram presos pertencentes a uma organização de extrema-esquerda, que se imolaram pelo fogo por ordem de seu chefe. É bastante provável. Mas é o Estado que deve ser responsável pela segurança dos presos, e não as organizações terroristas. Além do mais, a declaração cínica do primeiro-ministro Bülent Ecevit ainda ressoa em meus ouvidos: “O Estado faz esta operação a fim de libertar os terroristas de seu próprio terrorismo.” Que seja. Mas qual é a situação atual?
Apesar da transferência dos sobreviventes para outras prisões, onde pagam suas penas em celas, a agitação continua. Os jovens prisioneiros morrem em meio à indiferença, enquanto as greves de fome se alastram. No bairro de Küçükarmatlu, em Istambul, sobre as colinas que rodeiam o Bósforo, parentes dos presos também começam a fazer greves de fome. O termo usado em turco para essa ação me parece, aliás, muito significativo. Eles dizem “ölûm orucu”, referindo-se ao jejum do Ramadã, termo de conotação religiosa que significa “jejum para a morte”. Decidem morrer de fome para não morrer de solidão.
No fundo, trata-se de uma oposição à reforma penitenciária que prevê a passagem do sistema E para o sistema F. Em outras palavras, deixar os dormitórios e passar para celas isoladas, onde os presos políticos correm o risco de ficar expostos à tirania dos carcereiros. A Turquia, candidata à União Européia, precisa adaptar-se, logicamente, às normas européias que exigem, claramente, uma reforma do sistema penitenciário. Mas as autoridades não podem aproveitar-se dessa reforma para aniquilar a personalidade dos presos e destruir sua integridade física.
Atualmente assistimos à agonia de jovens presos e, ao mesmo tempo, à agonia de um sistema que tinha defeitos, é verdade, mas também algumas qualidades. Foi graças ao antigo sistema, chamado E – que significa a detenção nos dormitórios – que Nazim Hikmet, ex-preso político, escreveu sua obra-prima Paisagens humanas do meu país. Eis como seu companheiro de dormitório, Orhan Kemal, futuro romancista que aprendeu muito com Nazim, descreve essa espécie de raiva criativa que tomava o poeta e que só se podia realizar no antigo sistema, que permitia uma vida comunitária na prisão: “Nazim trabalha nas Paisagens: lá embaixo, perto do muro principal, ele vai e vem, fazendo gestos com as mãos, com os braços, dá viradas bruscas, murmura, rosna.”
Outro observador desse período foi o pequeno camponês Balaban, a quem Nazim ensinou a pintar – sempre graças ao antigo sistema, defendido pelos presos de hoje com risco de vida – e que se tornou o melhor pintor turco da realidade camponesa: “O poeta entrava em cada dormitório da prisão; ouvia cada prisioneiro, que lhe contava o que quisesse. Pedia rapidamente, ao primeiro que aparecesse, papel e algo para escrever e, depois, rabiscava coisas.”
Não sou especialista em sistema penitenciário, mas tenho um coração. E uma caneta também. Não posso ficar em silêncio diante de tal desastre, cuja responsabilidade cabe ao Estado, que não soube resolver o conflito, e aos chefes de uma organização política prontos a sacrificar seus companheiros em nome de uma causa que já passou há muito tempo.
Acabo de saber que os presos que fazem greve de fome e seus parentes, que estão prestes a morrer em Küçükarmutlu, onde é tão bom viver (sei disso porque a casa da minha família fica justamente no rio em frente, à beira das Águas Doces da Ásia!), propõem uma solução: “Abertura de três portas”. Trata-se de permitir aos presos comunicarem-se entre si, em sua célula, em grupos de três pessoas. Mas o ministro da Justiça, Hikmet Sami Turk, recusa. Vem ao meu espírito o título em francês das cartas da prisão de Nazim Hikmet: “Esperança para fazê-los chorar de raiva”. O desejo de morte será vencido pela esperança? Infelizmente, não podemos responder afirmativamente a essa pergunta enquanto durar o conflito. E ele ainda pode durar muito, se o Estado não fizer concessões.
(Trad.: Celeste Marcondes)
1 - N.R.: Desde outubro de 2000, várias centenas de presos políticos turcos pertencentes a organizações de extrema-esquerda fazem greve de fome contra sua transferência para pequenas celas onde ficariam isolados. Em dezembro de 2000, a polícia invadiu essas prisões para quebrar o movimento e transferir os presos, numa ação que resultou em trinta mortos entre os presos e dois entre os policiais. Mas a greve continuou. Oitenta presos já morreram de fome desde o início do movimento.
2 - N.T.: O raki é um tipo de bebida alcoólica turca, similar ao absinto.