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Em agosto, o mundo inteiro viu, leu e ouviu a glorificação dos 100 anos de Leni Riefenstahl. Nas entrelinhas da celebração unânime da cineasta do nazismo, percebia-se: “Esqueça a política. Valorize a estética.” Só que, enquanto artista, Riefenstahl é muito pobre
- (01/10/2002)
No dia 22 de agosto de 2002, Leni Riefenstahl fez 100 anos de idade. Acontecimento tão importante que teve repercussão nos meios de comunicação de massa internacionais em todo o mundo. Essa marcha foi orquestrada com a projeção nas telas de cinema de sua última obra: Impressionen unter Wasser (Impressões submarinas). E eis-nos bombardeados por expressões estereotipadas circunstanciais, em que a novíssima centenária foi apresentada como “uma jovem eterna”, um “mito”, uma “lenda viva”, uma “fabulosa aventureira”!...
Nas inúmeras entrevistas que ela deu após a guerra, assim como em suas Memorien (Memórias) de 1987, a ex-inspiradora de Hitler cansa de se auto-justificar. Certamente, era fascinada pelo Führer, desde 1932, e acreditava na política nacional-socialista. Mas jamais foi racista, jamais fez propaganda nazista, ignorou toda a repressão contra os antifascistas, os judeus, os ciganos, e sua única preocupação sempre foi com a Beleza.
Felizmente, em certos momentos, as comemorações tiveram algo de bom. Seu centenário teve a oportunidade de publicar sobre ela, na Alemanha, dois livros de autores jovens1. Com as devidas provas, eles quebram a credibilidade de seu apolitismo e de suas aspirações exclusivamente artísticas. No que se refere às suas infâmias, as congratulações que dirige a Hitler e seus pedidos de dinheiro a Goebbels. Mas eles relatam duas de suas desventuras, que testemunham seu arrivismo de maneira ainda mais sugestiva.
Para a realização de Das blaue LichtSieg des Glaubens (A vitória da fé) –, confiando-lhe a missão de resolver definitivamente a “reclamação” feita pelo “judeu Belá Balász” [sic].
O litígio, supõe-se, estava em boas mãos. Além disso, a cineasta, ousando reprisar Das blaue Licht em 1938, aproveitou a nova cópia para tirar o crédito da colaboração de Balász como co-roteirista. O filme, que perde também em seu “genérico” o nome do produtor, Harry Sokal, outro “judeu”, torna-se assim, até sua terceira cópia, em 1953, “uma lenda da montanha, contada e filmada por Leni Riefenstahl”.
A outra questão diz respeito ao Tiefland (Terra Baixa). Em outubro de 1940 e, em seguida, em setembro de 1941, ela substituiu os espanhóis que seu roteiro exigia por ciganos selecionados em um campo, em Maxglan, perto de Salzburgo. Sempre negou ter ido a Maxglan. Sobre essa questão, após 1945, entrou com dois processos por difamação, que ganhou. No entanto, está longe de ter sido inocentada da suspeita de infâmia.
No dia de seu centenário, o Ministério Público de Frankfurt anunciou que a associação de ciganos de Colônia havia apresentado uma queixa contra ela. Motivo: ataque à memória das vítimas raciais do nazismo. Em 2002, em uma entrevista dada a um jornalista do diário Frankfurter Rundschau, ela declarou que o grupo de ciganos utilizados para Tiefland não havia sofrido nenhuma perda. Ora, segundo os que apresentaram a queixa, mais da metade desses ciganos, trabalhadores forçados, foram deportados para Auschwitz, onde foram mortos.
Enfim, deveria a História deixar Leni Riefenstahl em paz? De qualquer maneira, a comemoração de seu centenário parece um pouco exagerada – como o apogeu de uma reabilitação. Em 1966, apesar dos protestos das associações de judeus, foi organizada uma retrospectiva de seus filmes no Museu de Arte Moderna de Nova York. Em 1973, em Telluride, no Colorado, ela foi convidada de honra do primeiro festival “feminista” de cinema. Justificativa declarada: a homenagem foi feita à artista e não à pessoa que adotara determinadas posições políticas. Em seguida, os rituais de reconhecimento à “genialidade” da cineasta deram-se rapidamente. O sucesso de seu livro de fotos sobre a tribo sudanesa dos nubás deu-lhe uma imensa publicidade. Exasperada pela “onda de artigos e de entrevistas respeitosas nos jornais e na televisão”, a ensaísta norte-americana Susan Sontag denunciou a natureza fascista de sua estética.
A cadeia de TV franco-alemã Arte não podia ficar de fora – já difundira, em 1993, por ocasião da comemoração dos 90 anos de Riefenstahl, uma apologia de Ray Müller durante três horas. Em seu catálogo de venda figuram, por outro lado, seis fitas de vídeo, ou seja, cerca de doze horas de imagens, com o objetivo de tornar conhecida a obra de uma das “personalidades mais importantes e mais controversas da história do cinema”. No dia 15 de agosto, os telespectadores franceses tiveram direito a uma sessão noturna temática, preparada por Alexander Bohr, difundida pela cadeia de TV alemã ZDF. Com alguns momentos memoráveis...
Em frente às estantes de arquivos conservados por Leni Riefenstahl, ao ver um dossiê sobre os ciganos que serviram de figurantes em Tiefland, a jornalista Sandra Maischberger lhe pergunta: “Por que a senhora guardou todos esses papéis?” E a resposta é: “Porque em minha vida existiram também elementos negativos...” Reconhecimento de culpa? Em hipótese alguma; a cineasta refere-se simplesmente aos problemas dos processos que ela teve de abrir contra eles que, segundo avalia, a difamaram. Os telespectadores não ficarão sabendo mais do que isso. Ao todo, vinte segundos. Fica-se por aí, quanto aos ciganos.
As falas sobre o nazismo e sobre os filmes que ela filmou a partir de 1933 foram meio rápidas também. O Triunph des Willens (Triunfo da Vontade) nada tem de político, diz ela. Como em 1936, com Olympia, seu filme em duas partes sobre os jogos olímpicos, somente decidiu nele trabalhar em virtude de um pacto com Hitler: em seguida, teria liberdade para se dedicar a seus projetos pessoais. Em suma, convém considerá-la uma vítima do nazismo.
O pior é ocultar, completamente, nessa sessão noturna temática, o contexto histórico em que se deu sua carreira. Ao contrário de suas alegações, todos os seus filmes da época nazista foram financiados por instituições oficiais e todos, com exceção de Tiefland, receberam o aval do Ministério da Propaganda.
Rotular esses filmes como obras-primas artísticas é um insulto aos grandes pioneiros do cinema mundial. Minimizam-se os meios à disposição da realizadora e as conquistas anteriores do cinema alemão, que ela integrou à máquina da propaganda nazista. Qual é sua contribuição pessoal? Uma estética fabricada com um arsenal retórico de comportamentos: sublimação dos critérios clássicos de beleza, exaltação da força e da energia, virtuosidade dos poderes de sugestão e de sedução...
A TV Arte limitou-se a difundir dois filmes que não tinham sido realizados sob o III Reich. Nestes, os limites do talento de Leni Riefenstahl simplesmente aparecem melhor. Das blaue Licht, que não fez o sucesso que lhe atribuem seus hagiógrafos, é sobretudo um kitsch neo-romântico. Quanto a Impressionen unter Wasser, o último filmado, baseado no fascínio exercido pela pretensa beleza dos peixes, é um movimento contínuo de imagens, que se mostra excelente para fazer as crianças dormirem.
Não, o reconhecimento dos valores culturais não é compatível com a amnésia. Leni Riefenstahl tentou em vão proclamar, a fim de justificar as tomadas de cena do cinegrafista no fundo do mar, que sua intenção é estimular a proteção da natureza; falhou diante da proteção primordial dos seres humanos para que lhe seja atribuída, mesmo em sua velhice, a auréola de uma “consciência humanista”.
Não é digna de admiração por sua vida, nem por seus filmes. Ela o é por sua vitalidade, sua vontade, sua resistência física, e por sua chance de ter passado agora, sempre sólida e sem que suas faculdades intelectuais fossem visivelmente reduzidas, o limite dos 100 anos. Seria isso algo que merece uma orquestração dos meios de comunicação aos quatro ventos?
(Trad.: Wanda Caldeira Brant)
1 - Jürgen Tribom, autor de Riefenstahl, Eine deutshe Karriere, Biographie, ed. Aufbau Verlag, Berlim, 2002; e Lutz Kinkel, autor de Die Scheinwerferin Leni Riefenstahl und das Dritte Reich, ed. Europa Verlag, Hamburgo, 2002.