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As desigualdades atingem proporções inéditas. Um terço da humanidade vive na miséria, 800 milhões sofrem de desnutrição, quase um bilhão de analfabetos, um bilhão e meio não tem acesso a água potável, dois bilhões não conhecem luz elétrica...
- (01/11/2002)
Depois dos acontecimentos do 11 de setembro de 2001 e da guerra do Afeganistão, as pessoas sentem-se mergulhadas num mundo dominado pela violência política e pelo terrorismo.Há mais de um ano, através de imagens terríveis e depoimentos alucinantes, os grandes meios de comunicação semeiam o horror com relatos de atentados assustadores, explosões sangrentas, tomadas de reféns espetaculares...
Não se passa uma semana sem que um doloroso tributo de sangue tenha que ser pago, de Israel a Bali, de Karachi a Moscou, do Iêmen à Palestina... Gera-se a impressão de que o planeta estaria sendo varrido pelo furacão de um novo tipo de conflito mundial – “a guerra contra o terrorismo internacional” – ainda mais atroz que aqueles que o precederam. Nesse contexto, a eventual guerra norte-americana contra o Iraque não passaria de um simples episódio.
Essa impressão é falsa. Contrariando as aparências, a violência política nunca foi tão frágil. As revoltas e insurreições de natureza política, assim como as guerras e os conflitos, raramente foram tão poucos. Por mais surpreendente que possa parecer – e para amargura da mídia – o mundo está calmo, tranqüilo, amplamente pacificado.
Para se convencer disso, basta comparar a atual paisagem geopolítica com a de vinte e cinco ou trinta anos atrás. Os grupos radicais contestadores, adeptos da luta armada, desapareceram praticamente por completo. A maioria desses conflitos que, em maior ou menor intensidade, causavam anualmente, em todos os continentes, dezenas de milhares de mortos, terminou.
Quase todos os braseiros, em que a centelha da perspectiva marxista de construir um mundo melhor havia inflamado, apagaram-se ou estão em vias de extinção. Em escala planetária, sobra apenas uma dezena desses palcos de violência: Colômbia, País Basco, Chechênia, Oriente Médio, Costa do Marfim, Sudão, Congo, Caxemira, Nepal, Sri Lanka e Filipinas... É evidente que um novo adepto da luta armada surgiu e ocupa atualmente a atenção e a cena da mídia – o islamismo radical. Porém, por mais espetaculares que sejam suas ações, não se deve fugir do principal: a luta política armada tornou-se mais rara.
Significaria isso que não existem outras formas de violência? É claro que não. A começar pela violência econômica que exercem, estimulados pela globalização liberal, os dominantes contra os dominados.
As desigualdades atingem proporções inéditas. Literalmente revoltantes. Metade da humanidade vive na pobreza; mais de um terço, na miséria; 800 milhões de pessoas sofrem de desnutrição; quase um bilhão de analfabetos; um bilhão e meio não tem acesso a água potável; dois bilhões não conhecem luz elétrica...
E, por incrível que pareça, esses bilhões de condenados da terra vivem politicamente tranqüilos. Isto chega a ser um dos grandes paradoxos da nossa era: mais pobres do que nunca e menos revoltados do que nunca.
Irá essa situação persistir? É pouco provável. Talvez devido ao esgotamento do marxismo como motor internacional da revolta social, o mundo passa por uma espécie de transição. Entre dois ciclos de revoluções políticas. E se as injustiças são mais escandalosas do que nunca, nota-se que certas formas de violência já atingem dimensões de paroxismo. Especialmente a violência de pobres contra pobres, assim como outras formas de revolta primitiva1 que se manifestam pela delinqüência, pela criminalidade, pela insegurança e que – praticamente por toda parte, não apenas na França – ganha características de uma autêntica guerra social.
Trinta anos atrás, na América Latina e em outras regiões do planeta, um jovem que conseguisse um revólver alistava-se numa organização de luta armada para mudar o destino da humanidade. Hoje em dia, um jovem que consiga um revólver sonhará, antes de tudo, consigo próprio e, sentindo-se vítima da ruptura do contrato social por parte das classes dominantes, também tratará de romper esse contrato, assaltando um banco ou roubando uma loja. Desde o início da grande crise econômica de dezembro de 2001 – e com a pauperização maciça das classes médias – o índice de “delinqüência” na Argentina foi multiplicado por quatro...
No Brasil, um dos países com mais desigualdades do mundo – e cujos eleitores votaram esmagadoramente a favor do “candidato dos pobres”, Luís Inácio Lula da Silva –, a guerra social assume proporções insólitas. Apenas na cidade do Rio de Janeiro, entre 1987 e 2000, foram mortos, à bala, mais menores de idade do que nos conflitos da Colômbia, Iugoslávia, Serra Leoa, Afeganistão, Israel e Palestina. Durante os últimos treze anos, por exemplo, milhares de jovens foram mortos na guerra entre Israel e Palestina; no mesmo período, 3.937 menores foram assassinados no Rio de Janeiro2...
Diante dessa onda crescente daquilo que os meios de comunicação chamam “insegurança”, vários países – México, Colômbia, Nigéria, África do Sul etc. – gastam atualmente mais na condução dessa guerra social do que em sua própria defesa nacional. O Brasil, por exemplo, destina 2% de sua riqueza anual (PIB) às forças armadas, porém mais de 10,6% para proteger os ricos contra o desespero dos pobres...
A grande lição da história da humanidade é a seguinte: os seres humanos sempre acabam se revoltando diante do crescimento das desigualdades. A atual escalada – tanto no hemisfério Sul quanto no hemisfério Norte – da delinqüência e da criminalidade, que muitas vezes não passam de manifestações primitivas e arcaicas de agitação social, constitui um sinal indiscutível do desespero dos mais pobres diante da injustiça do mundo. Ainda não se foi condenado à violência política. Mas todo mundo sabe que se vive numa “liberdade condicional”. Até quando?
(Trad.: Jô Amado)
1 - Ler, de Eric J. Hobsbawm, Les Primitifs de la révolte dans l’Europe moderne, ed. Fayard, Paris, 1966.
2 - El País, Madri, 11 de setembro de 2001.