» A desigualdade brasileira posta à mesa
» Fagulhas de esperança na longa noite bolsonarista
» O fim do mundo e o indiscreto racismo das elites
» O milagre da multiplicação de bilhões — para os bancos
» Movimento sindical em tempos de tormenta
» A crucificação de Julian Assange
» Guérilla contre l'avortement aux Etats-Unis
» Au-delà de la fraude électorale, le Pérou profond
» Tous les chemins mènent au Maghreb
» Ni dieu, ni maître, ni impôts
» La France se penche sur sa guerre d'Algérie
» An 01 de la gauche, on arrête tout, on réfléchit
» « Il Manifesto », le prix de l'engagement
» Fake news: A false epidemic?
» The financiers who backed Brexit
» Mutual suspicion in Greece's borderlands
» The British monarchy's smoke and mirrors
» UK Brexiteers' libertarian goal
» Time to reform the Peruvian system
» Russia's attempted return to Africa
Entre eles estão, segundo as estatísticas e a lei, 1,5 milhão de pessoas nascidas no país... A entrada de “repatriados tardios” e de migrantes não recenseados torna os números ainda mais precários
- (01/06/2006)
O número de 7,3 milhões de estrangeiros recenseados na Alemanha inclui, de maneira absurda, os 1,5 milhões de “estrangeiros” nascidos no país. Somente são considerados alemães os indivíduos de “origem alemã” — ou seja, nascidos de pais alemães. A população da Alemanha Federal compreende, portanto, aproximadamente 9% de não-alemães – dos quais 27% vindos de países da União Européia, 25% da Turquia, 14% da ex-Iugoslávia, 4,5% da Polônia (na época, ainda não membro da União Européia), 1,2% da Romênia, 1,5% dos Estados-Unidos, 1,2% do Vietnã, 1,1% do Marrocos, 1,1% do Irã, etc.
Durante a última década, o número de candidatos a asilo diminuiu rapidamente – 440 mil em 1992, 128 mil em 1995, 36 mil em 2004. Em compensação, os reagrupamentos familiares fizeram com que aumentasse ligeiramente o número total de migrantes. Além disso, o número de trabalhadores imigrantes possuidores de um visto de permanência limitada (missões pontuais e contratos sazonais) aumentou.
As estatísticas sobre os “estrangeiros” ocultam, além de tudo, dois elementos que contribuem, de maneira importante, para dar a impressão de um crescimento da imigração: de um lado, a entrada na Alemanha de migrantes e refugiados não recenseados, cujo número aumentou no mínimo em 500 mil, desde o início dos anos 1990; de outro, a chegada de quase 3 milhões de“alemães de origem” e de “repatriados tardios de origem alemã” que “retornaram” desde 1988.
Nos últimos dez anos, 800 mil pessoas tornaram-se alemãs através da naturalização. A eles acrescentam-se todos os alemães que, após a segunda guerra mundial, tiveram que abandonar os antigos territórios do Leste (em particular a Polônia ou a Tchecoslováquia), para se refugiar na República Federal da Alemanha (RFA: 8,1 milhões) ou na República Democrática Alemã (RDA: 3,6 milhões). Não devemos esquecer, tampouco, os 4,6 milhões de desertores da RDA que passaram, antes de 1989, para a RFA.