» Os deadbots e os limites éticos da tecnologia
» Por outra Política de Ciência, Tecnologia e Inovação
» A Nave dos Loucos e os espaços da (des)razão
» WikiFavelas: O racismo religioso de cada dia
» As necessárias “heresias” de Lula
» Le monde arabe en ébullition
» Au Proche-Orient, les partis pris de la Maison Blanche
» Les progrès du libéralisme économique à Sri-Lanka
» Le marché du blé pourra-t-il être codifié par un nouvel accord international ?
» Le président Marcos allié gênant et retors des États-Unis
» Front de gauche, ou la fin d'une malédiction
» Le défi indien et le colonialisme blanc
» La participation des travailleurs : cote difficile à tailler
» Lebanon: ‘Preserving the past in hope of building the future'
» The poisonous problem of France's nuclear waste
» Can Medellín change its image?
» Venezuela: a ‘country without a state'
» The urgent need to preserve Lebanon's past
» French troops forced to withdraw from Mali
- (03/11/2007)
Viver um samba absurdamente
simples e triste
de Adoniran Barbosa
e o coração aumentar o tique
e os olhos derrubarem
uma lágrima que de tão simples
só molha
***
Um tarado está à solta.
Então o bom genro
que mora com a sogra,
faz questão de trocar
a fechadura da porta.
A senhora, trabalhadeira,
chega da lida lá
pelas dez da noite,
hora em que o meliante,
segundo testemunhas,
costuma fazer levante.
***
Se Édipo aparecesse
lá nos Estados Unidos,
pegava uma cana
***
Ela detesta a série Máquina Mortífera,
adora novela das oito,
contesta a revista Carícia
e acha o Latino muito louco.
Moça de família,
inteligente e bem educada,
sem nenhuma patente anomalia.
Pergunta-se à patrícia:
Você é a favor da pena de morte?
Pelo fim da violência, of course!
E a legalização do aborto?
Que absurdo! Que culpa tem a criança?
(do livro Em cena com o absurdo) [1]
[1] Lançado em 1998, o livro foi revisado e se encontra em fase de republicação.