» A desigualdade brasileira posta à mesa
» Fagulhas de esperança na longa noite bolsonarista
» O fim do mundo e o indiscreto racismo das elites
» O milagre da multiplicação de bilhões — para os bancos
» Movimento sindical em tempos de tormenta
» A crucificação de Julian Assange
» An 01 de la gauche, on arrête tout, on réfléchit
» « Il Manifesto », le prix de l'engagement
» Des treillis sous les blouses blanches
» Contourner et désenclaver Anvers
» « La France gesticule… mais ne dit rien »
» Russie, un territoire à géographie variable
» Démographie et richesse en Russie, les grands déséquilibres
» Mutual suspicion in Greece's borderlands
» The British monarchy's smoke and mirrors
» UK Brexiteers' libertarian goal
» Time to reform the Peruvian system
» Russia's attempted return to Africa
» When Algerians took to the streets
(Poema singelo contra a morte)
- (25/04/2008)
Embala, João,
embala o caixão!
Em forma de bala,
Pra chupar na sala.
Embala, João,
Embala a menina
Embala e se cala
Co’a sua aspirina.
Embala, João,
Embala e se cala
Que a morte é uma bala
Que voa e, alada,
Abate e não fala,
Só leva a amada.
Embala, João,
E nunca se abala:
Embala a aspirina,
Devolve a menina
Pra dentro da sala;
Troca a sua sina
Devolve a mortalha
Pra morte canalha!
A morte não atina
Co’o corpo na vala
Troca a sua menina
Por um feixe de palha
Troca e sai correndo
Porque a morte, não vendo,
Também não atrapalha...
Troca e sai vendendo
Amor e Batalha
Em forma de bala.