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O cachorro tinha uma mancha de sangue na cabeça e estava próximo a uma porta que devia sair para o lado de fora. O chão me pareceu limpo. Ou sujo o suficiente para que o sangue sequer aparecesse. Inclinei-me por sobre o cachorro e olhei a porta. Dedos na maçaneta
- (16/05/2008)
Não vi nada quando contornei a casa. Tampouco ouvi qualquer coisa. Havia ainda aquele silêncio estático. Olhei para o carro estacionado. A janela do lado do passageiro estava escancarada. Pensei logo que Manuel podia estar escondido ali dentro, enfiado aos pés do banco traseiro, arma em mãos, esperando que eu me aproximasse.
E eu deveria temer? Ele estaria acuado, sem ter para onde fugir.
A vantagem era minha.
Olhei em volta. As janelas da casa estavam todas fechadas. Pelas frestas era possível ver que o lado de dentro estava escuro. Nenhuma luz acesa.
Andei um pouco mais para me certificar que não haveria ninguém atrás da outra parede. Vi ainda outra janela fechada. O zumbido de uma mosca. E mais nada. Nem uma merda de uma brisa. Tudo era a poeira suspensa e silenciosa. Quis voltar e chamar meu parceiro, e subiu-me uma raiva por aquela alergia despropositada. Ergui a arma e dei alguns passos em direção à janela aberta do Escort.
Pude ver que o banco do passageiro estava muito para trás e um pouco deitado. O banco do motorista estava ajustado para frente. Talvez fosse o contraste de posições que me perturbava. Não parecia certo que alguém pudesse estar escondido atrás do banco deitado. Ou que estivesse todo encolhido atrás do banco do motorista.
Merda.
Tirei o dedo do guarda-mato da arma e o encostei no gatilho. Deveria gritar. Mão na cabeça! Seria estúpido gritar para o ar. Para o pó. Estou te vendo, sai daí!
Mas eu não estava vendo coisa alguma.
Mais alguns passos. Senti os músculos do corpo se retesando e preparei-me para atirar.
Nada.
Não havia ninguém no carro. Afrouxei a pegada da arma e espiei o lado de dentro. Aos pés do banco de trás havia um dinossauro azul de plástico que me pareceu inofensivo o suficiente. O carro estava sujo. Pelo vidro aberto, abri o porta-luvas. Encontrei um isqueiro e alguns recibos. Duas fitas cassete que deveriam estar ali havia alguns anos. Uma flanela suja e duas canetas. No chão, um jornal velho e um copo de refrigerante, vazio.
Incomodava-me a posição dos bancos. Manuel poderia ter passado a noite no carro. Talvez tivesse dormido no banco do passageiro.
E então...?
Afastei-me. Restava a casa. Ia sair dali para falar com Iuri, mas algo no chão brilhou com o reflexo do sol.
Era a chave do carro.
* *
– Acho que vi alguma coisa.
– Eu também – respondi, mostrando a Iuri a chave do carro.
– Onde é que estava isso?
– No chão.
– Você acha que ele perdeu as chaves?
–- Não acho nada. Não gosto disso. O que você viu?
Iuri fez uma careta. Respirava pela boca. Seu rosto estava muito inchado e os olhos estavam vermelhos.
–- Minha vista está um pouco embaçada. O que você quer fazer?
– Vou entrar.
– Sozinho?
Cruzei os braços e o encarei. Se quisesse entrar sozinho não estaria ali conversando com ele. Iuri pareceu contrariado, mas tirou a arma do coldre e fez um gesto genérico em direção à casa.
– Você acha que ele está lá dentro?
– Onde mais?
Ele olhou em volta. O matagal era muito amarelo e pálido, e nada vivo poderia se esconder ali. As árvores e o mato mais alto só começavam para baixo do morro, de onde havíamos vindo. Manuel não podia ter fugido.
– Você vai acabar me matando – Iuri disse.
–- Quem está armado e quase cego é você.
Voltei para a viatura e peguei uma lanterna no porta-luvas. Andamos até a porta de entrada da casa. Iuri mantinha-se atrás de mim. Seria o mais lógico. Ele era uns vinte centímetros mais alto que eu.
Bati na porta. Ela cedeu, e veio de dentro uma poeira.
–- Manuel!
Meu grito deslocou ar, espalhando pó. Iuri afastou-se com um palavrão em alemão.
–- Porra, Pedro – completou.
E ele não era um de falar palavrões. Ou xingava em alemão, que era sua primeira língua. Eu não entendia o que dizia, mas sabia: estava xingando.
De dentro da casa, nenhuma resposta. Nenhum som. Empurrei a porta com a arma e veio de dentro outra nuvem de poeira. Iuri cobriu a boca e o nariz com a mão e afastou-se espirrando.
–- Manuel! – gritei.
Senti os pêlos na nuca se eriçando e segurei um espirro quando uma brisa leve trouxe mais poeira em minha direção. O cheiro no ar era insuportável. Havia algo de podre. Acendi a lanterna. Das frestas das janelas fechadas entrava uma nesga de luz, mas nada que me deixasse enxergar melhor o espaço. Pensei que não poderia de fato encontrar o homem naquele buraco. Ninguém conseguiria ficar escondido ali por muito tempo.
– Iuri – chamei.
Ele continuava do lado de fora, espirrando. Também espirrei. Tudo parecia cinzento. Tudo era pó. A luz da lanterna só fazia iluminar uma névoa acinzentada que envolvia todo o cômodo. Ao olhar para baixo eu mal via meus pés.
– Iuri.
– Espera.
Outro espirro. Péssima hora para se trabalhar com alguém alérgico. Era só um pouco de poeira. Uma casa abandonada muito próxima a uma fábrica de tijolos.
Esfreguei os olhos com as costas da mão e tentei enxergar. Senti o pé acertando alguma coisa leve e apontei a lanterna. Uma caixa de papelão. Vazia.
–- Iuri.
Sem resposta. Minha vista estava se acostumando e eu já via uma estrutura de cama sem estrado nem colchão. Também um móvel de madeira escura encostado ao fundo, ao lado da cama, e as gavetas todas espalhadas pelo chão. Tudo parecia coberto por um manto cinzento.
Pelo que havia visto do tamanho da casa, imaginei que havia apenas aquela sala e, talvez, um banheiro e uma cozinha. Eu via duas portas abertas. Uma ao fundo, ao lado do gaveteiro, e outra na parede adjacente, à minha esquerda.
Voltei-me para a caixa de papelão. Num dos cantos próximos à porta notei alguns papéis e revistas espalhados.
Apontei a lanterna para o chão procurando por pegadas. Logo as encontrei. Pegadas de sapato ou bota, e sobrepunham-se pelo chão, sem muita lógica. Então seguiam para a porta que devia ser a da cozinha.
Havia naquelas pegadas qualquer incoerência que me gritava. Se fosse de fato Manuel, seria certo pensar que estivesse ansioso, e andasse de um lado para o outro, sem parar.
Mas então aquela desordem?
Andei em direção ao móvel e às gavetas empilhadas. Mirei a luz por sobre o móvel quando achei que havia ali uma mancha mais escura. Era uma marca de dedos. Mais que isso, quase uma mão inteira. E era recente porque sobre tudo mais havia a camada de poeira.
E ainda aquele cheiro nojento de salsicha estragada.
–- Iuri!
– Verdammt, Pedro! – ele gritou, distante.
– Porra!
Segui as pegadas em direção à porta lateral. Era uma cozinha. Senti o cheiro mais forte. Algumas moscas entravam zunindo por uma fresta da janela, e iam pousar sobre o que descobri ser um cachorro deitado, inerte. Um tipo vira-lata de pêlo escuro e tamanho médio. E parecia-me bem morto. Mais pelo cheiro do que pelas moscas lhe rondando o nariz e as orelhas.
Merda.
Não era o que eu estava procurando.
Os poucos armários estavam todos escancarados e vazios, e não me surpreendi ao encontrar mais marcas de dedos nos pegadores. Também a marca de uma mão por sobre o pó que cobria o balcão. E as pegadas.
O cachorro tinha uma mancha de sangue na cabeça e estava próximo a uma porta que devia sair para o lado de fora. O chão me pareceu limpo. Ou sujo o suficiente para que o sangue sequer aparecesse. Inclinei-me por sobre o cachorro e olhei a porta. Dedos na maçaneta.
Voltei para a sala e olhei as gavetas espalhadas. Marcas nos puxadores. E todas vazias.
Diabo.
Espiei ainda a outra porta. Um banheiro sujo e vazio.
Saí pela porta de entrada. Avistei Iuri próximo à encosta do morro, apoiado em um pedaço de cerca velha. Ele continuava vermelho e inchado, e tinha a mão na testa. Aproximei-me.
–- Você é uma bicha, Iuri.
–- Vai se foder. Scheisse.
–- Tem um cachorro morto na cozinha.
–- Cachorro? Há muito tempo?
–- Está fedendo.
–- Isso não quer dizer nada.
–- Alguém andou ali. Procurando alguma coisa.
– E o Manuel?
–- Não tem ninguém lá dentro. E a droga da chave do carro estava jogada no chão ali atrás. O vidro do carro está aberto. A casa está toda fechada. Não sei que merda isso significa.
–- Foi o que eu pensei. Lembra que eu falei que tinha visto alguma coisa?
–- Você disse que era sua vista embaçada.
–- Achei que fosse. Não era.
Ele apontou em direção ao matagal. Próximo à encosta havia um monte pequeno de terra remexida. Andamos até ele. Reparei em algumas pegadas, quase apagadas por aquela eterna assentação de poeira. E então vi o que Iuri queria mostrar. Da lateral do monte, era possível perceber parte do que devia ser um dedo humano, metido para fora da terra.