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Mas afinal o que é um livro ruim?O livro é ruim para quem?E de quem é a culpa?
Concordo com a autora do artigo,quando alerta sobre a subjetividade do julgamento do que é livro ruim ou do que é livro bom e sobre a possível culpa.
Paulo Coelho pode ser intragável para mim, mas para milhares de leitores não o é, esta é a realidade.
É esse pensamento elitista, pernóstico que permeia a sociedade brasileira, eterno sub-produto da mentalidade escravocrata, ainda sobrevivente nos dias de hoje, e não será fácil alterá-lo.
Recomendo a leitura, para os pernósticos, de Balzac em "Os jornalistas" quando ele se queixa das críticas jornalísticas.
Somo a essa recomendação o pensamento de Alfredo Machado, falecido editor da Record, o qual dizia que publicava sim best-sellers como Sheldon,porque eles o ajudavam a editar obras excelentes, porém com um público reduzido de leitores.Afinal ele não gozava de subsídios governamentais e seu fluxo de caixa tinha que ser mantido.
Boa noite,Fernando Pacini
Coloquei o título do comentário no lugar errado, mas não há problema.
O que eu quis dizer é que os críticos reclamam tanto, procuram tanto pelo "melhor livro de todos os tempos", que são capazes de deixar passar um livro que pode ser o melhor para eles. Simples assim. Quero dizer que essa procura acaba cegando, talvez.
A afirmação "estranha" ("o crítico é o maior defensor da literatura") não é minha, é do Laub. E completei de acordo com o pensamento dele. É estranho ter de explicar, mas há um tom irônico no que eu disse, na verdade.
Sobre a culpa, a minha resposta está no próprio texto:
"É culpa (se é que existe) da incompatibilidade de pensamentos e gostos, algo que deveria ser tratado com mais respeito e até reverência."
Mas é só a minha que eu posso dar.
O provável livro ruim de algum autor pode ser ruim para você mas não para mim. Não é uma verdade absoluta a qualidade (ou falta dela) num livro.
Em relação à confusão da citação, é simples: quando falo do Carneiro, por exemplo ("segundo Carneiro..."), é o que eu entendi que ele disse (por isso algumas coisas não podem estar entre aspas, pois eu as interpretei, posso ter entendido de outra forma) e acaba no ponto final. Depois é meu texto. Se volto a mencionar pensamentos do autor, também termina no ponto final. O resto, caso seja transcrição, está entre aspas.
E sobre a crase. Seria corretíssimo colocar se eu pudesse afirmar quais são essas saídas caso alguém me perguntasse, pois ela daria a impressão de que eu tenho esse conhecimento.
Eis a frase mais precisa e que achei estranha: "Se o crítico é o maior defensor da literatura, ele tem o dever de saber que o melhor livro já escrito não vai cair em suas mãos nesta vida". Causa-me espanto essa afirmação. Quer dizer que um crítico não fará resenhas sobre Crime e Castigo ou Madame Bovary, nesta vida? Como é isso? Se a autora do texto puder me responder abaixo, eu gostaria...
Se "é necessário que se lembre de um ponto crucial: não é culpa do autor se o livro é ruim", pergunto então, a culpa é de quem? Claro que se um livro é ruim a culpa é do autor, que não soube fazer boa literatura, por incompetência! Não entendi essa afirmação ou, se entendi como coloquei acima, ela me parece totalmente despropositada.
Quanto ao final do texto, creio que caberia um acento em "às"... como manda o bom português.
No mais, não entendi muito bem quando a autora se refere ao autor citado e quando o texto é dela; as aspas me parecem meio confusas nas citações. Mas no todo é um texto que nos ajuda a refletir sobre os papéis de críticos e do autor. Agora, porque um excelente texto literário jamais passaria pelas mãos de um resenhista? Não entendo. Só os textos excelentes, na verdade, mereceriam ser resenhados. E não um autor mercadologicamente vendável, de escrita fácil e medíocre, sem surpresas, como o é Paulo Coelho, por exemplo...