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Por meio de uma ampla pesquisa nos arquivos do Estado, eles desmontam os mitos da política oficial e procuram abrir caminho para uma nova relação com os árabes. Graças aos estudos, sabe-se, por exemplo, que a ocupação da Palestina sempre esteve nos planos da direita sionista
Desde os Acordos do Oslo, Fatah e Hamas, as duas grandes facções da luta contra a dominação israelense, têm aprofundado sua disputa fratricida. A crise pode se agravar, caso Washington obtenha, este mês, a assinatura de mais um compromisso-fantasia
Beneficiados por orçamentos bilionários e a ajuda militar norte-americana, comprometidos com os negócios obscuros da indústria armamentista, os generais concentram cada vez mais poder. E a derrota frente ao Hizbollah parece tê-los tornado ainda mais agressivos
Quarenta anos depois, um retorno “Guerra dos Seis Dias” revela: o conflito que envenenou as relações entre Israel e Palestina não teve como origem a disputa entre os dois povos. Seria um sinal de que a paz é possível?
A derrota no conflito de 1967 transtornou o mundo árabe. É a partir dos traumas associados a ela que crescem a influência da religião, a tentação da violência, o conservadorismo moral como forma de “purificação” e os governos cada vez mais afastados de seus povos
Após seu triunfo retumbante contra os três maiores exércitos árabes, o país encheu-se de orgulho, dinheiro e ilusão. Quarenta anos depois, a sociedade está mais frágil, atemorizada e desigual. Há quem tema por suas chances de sobrevivência
Cronologia dos conflitos provocados pela ocupação da palestina. Por ter mantido e aprofundado a opressão sobre eles, a Guerra dos Seis Dias acabou deflagrando uma série de choques, que se arrasta até hoje
Desde a constituição de seus Estados nacionais, o mundo árabe tem sido marcado por governos que se eternizam (muitas vezes apoiados por potências estrangeiras) e por fortes sobressaltos políticos. O período pós-67 manteve esta tendência
Diante do esgotamento do "processo de Oslo" e do risco de um apartheid israelense, ressurge e ganha apoio uma proposta histórica: e se judeus e palestinos convivessem em um mesmo Estado laico?
Por que Paris, teoricamente contrária à anexação de Jerusalém Oriental, finge desconhecer a participação destacada de duas empresas francesas numa obra que pode aprofundar o apartheid racial e segregação dos palestinos na cidade
Bizarro projeto: a pretexto de construir, em Jerusalém, um "Museu da Tolerância, o Centro Simon Wisenthal pretende profanar o cemitério mais sagrado dos muçulmanos na Palestina
Como o governo de Israel impõe medidas de segregação contra muçulmanos e cristãos, para impedir a construção de um Estado palestino e frustrar as negociações que poderiam abrir um processo de paz no Oriente Médio
Dois novos estudos revelam algo que os meios de comunicação omitem: todas documentos mais recentes o grupo majoritário no Parlamento palestino sugerem que ele está disposto a aceitar o Estado israelense. A pergunta é: esta oportunidade para a paz será aproveitada?
Revelados em livro recém-publicado, diálogos entre o ex-primeiro-ministro israelense e um amigo íntimo reforçam a hipótese tenebrosa
Na maior parte dos países do Ocidente, a opinião pública enxerga os conflitos no Oriente Médio por meio de lentes embaçadas. É como se a vida de um palestino valesse dez vezes menos que a de um judeu
Em novo movimento expansionista, Telavive estimula a colonização da Cisjordânia. A ofensiva envolve confisco ilegal de terras palestinas e aliança entre grandes empresas e o fundamentalismo judeu
Por que a Casa Branca está decidida a desestabilizar o regime de Damasco, com quem aliou-se durante toda a década de 90
A mídia transformou o ex-primeiro-ministro de Israel num suposto campeão da paz. Esta imagem não corresponde nem ao passado do personagem, nem à essência de seus planos recentes
No instante do afastamento do israelense Ariel Sharon, e às vésperas de eleições nos dois países, o cenário político parece desolador para a Palestina e seu primeiro-ministro. Quais os motivos deste impasse e as possibilidades de superá-lo?
Um ano após a morte do líder palestino, voltam a crescer – inclusive na imprensa de Israel – especulações e indícios segundo as quais ele teria sido envenenado por Telavive
As famílias judias têm renda média quase duas vezes maior que as árabes
O atentado terrorista praticado por um soldado judeu em agosto não foi surpresa. Embora sejam 20% dos cidadãos de Israel, os árabes continuam submetidos a discriminações – e a uma campanha racista articulada pela mídia
Apesar da extremista oposição dos colonos contra a retirada e de suas ameaças de confronto com o exército, tudo pode não passar de uma simples demonstração de força para evitá-la, no futuro, na Cisjordânia, onde as colônias não param de aumentar
A corrupção da Fatah, o aumento da criminalidade e um cessar-fogo que pode se traduzir em um Estado cada vez menos viável servem de incubadora para a exasperação dos palestinos
Diplomata e jornalista recorda percursos do grande líder que conseguiu a proeza de resistir durante meio século a inimigos temíveis, tanto na cena internacional – Israel, EUA e a maioria dos regimes árabes – quanto no interior de seu próprio movimento
Com a morte de Arafat, dois grandes segredos permanecem: a doença que causou seu desaparecimento e as condições para a conquista do Estado palestino
O desmantelamento das colônias de Gaza, proposto por Sharon, visa, por um lado, aplacar a resistência crescente a sua política brutal, ao mesmo tempo em que serve para congelar um processo mais abrangente de paz com os palestinos
Raros são os países onde o impacto da história é a tal ponto inseparável de sua evolução artística. Hoje a arte de Israel reflete a desconstrução do mito sionista e o desgosto destes artistas diante da mortandade e do conflito interminável a que assistem
Morto na quinta-feira, 11 de novembro, o presidente Yasser Arafat era o símbolo da aspiração dos palestinos por um Estado Nacional e pela Independência
Enfrentando toda espécie de obstrução criada para que não se pronunciasse sobre o tema, a Corte Internacional de Justiça condenou vigorosamente o projeto israelense de confinamento dos palestinos, abrindo caminho jurídico para por fim a essa construção ilegal
O sóciologo e historiador orientalista nos deixou em maio passado. Autodidata, Rodinson tornou-se um lingüista excepcional (dominava cerca de 30 línguas e dialetos) e escritor prolífico. Lutou principalmente para que fosse feita justiça ao povo palestino. Na véspera da eclosão da guerra de 1967, no Le Monde datado de 4-5 de junho, ele publicou um artigo premonitório, que aqui reproduzimos.
No inicio de maio, em Ramallah1 , jovens músicos palestinos deram um Concerto sob a direção do Daniel Barenboïm. Ao receber um prêmio no parlamento israelense, o maestro - que fundou, com Edward Said uma escola para os jovens músicos, judeus e árabes do Oriente Médio - explicou que o ato queria expressar as esperanças de paz
O desejo da sociedade israelense, tanto à esquerda como à direita, de anexar o centro histórico do judaísmo na Cisjordânia, mas não seus moradores árabes, aumentou as contradições existenciais de Israel e é o que explica a derrota de Sharon no referendo interno do Likud
Enquanto o exército israelense continua a matar (160 palestinos em abril e maio) e a destruir casas, segue a construção do muro, ao lado do qual se instalarão zonas industriais que cortarão o Estado palestino em quatro pedaços, privando-o de qualquer viabilidade
Por suas alianças, interesses, influência ideológica, relações de família, de cultura ou de religião, o conflito entre palestinos e israelenses já estava presente no mundo externo. Inserida no contexto pós-11 de setembro, esta questão tornou-se mais universal e perigosa para o mundo, ao ser desfigurada no lógica do “choque de civilizações”
Ateando mais fogo à intolerância, membros da comunidade judaica da França apelam para difamação, tachando de anti-semitas jornalistas e pesquisadores insensíveis ao charme do primeiro-ministro Ariel Sharon, como o sociólogo Edgar Morin
A degradação da situação da Palestina torna-se terreno fértil para a até então marginal propaganda anti-semita no mundo árabe, suscitando inclusive o renascimento do panfleto czarista “Protocolos dos Sábios do Sião”
Com o assassinato do líder do Hamas, Ariel Sharon mostra continuar determinado na sua opção de subjugar completamente o povo palestino, usando para isso a violência extrema e o terrorismo de Estado. Israelenses e palestinos continuarão pagando o preço dessa loucura, que pode se estender para além das fronteiras de Israel
Para Marcuse, a defesa do Estado de Israel era condição para qualquer solução pacífica do conflito israelo-palestino, mas ele observava que ?só um mundo árabe livre pode coexistir com um Israel livre?
No Natal de 1970, convidado para fazer conferências na Universidade Hebraica de Jerusalém, Herbert Marcuse foi a Israel pela primeira vez. Essa foi também, para ele, a oportunidade de visitar o país e de se defrontar com a população local, árabe e israelense, sobre a questão palestina. Eis a entrevista, publicada no The Jerusalem Post de 2 de janeiro de 1972, conservada no Marcuse Archiv de Frankfurt e aqui reproduzida com a permissão de Peter Marcuse. Traduzida igualmente para o árabe, ela suscitou um intenso debate. A título de exemplo, Hamdi T. Kanaan, prefeito de Nablus de 1963 a 1969, escreveu-lhe nestes termos: ?No que me diz respeito, vejo no senhor a primeira personalidade judaica que admite praticamente a grande injustiça cometida contra árabes palestinos com a criação de Israel e que, ao mesmo tempo, compreende total e logicamente as circunstâncias presentes e futuras nas quais Israel existe e existirá nesta região.?
Com medo da “ameaça demográfica”, governo israelense cancelou a autorização que tinham cidadãos ou cidadãs palestinos, casados com árabes israelenses, de viver em Israel, tornando-os ilegais em sua própria casa
Tendo como pano de fundo a sangrenta Intifada e sua repressão, os direitos civis na sociedade israelense estão flagrantemente ameaçados, tornando a “única democracia do Oriente Médio”, cada vez mais fragmentada e menos democrática
O acordo de Genebra, discutido por cidadãos israelenses e palestinos, representa um momento radicalmente novo de sua história comum. Mas a implementação deste projeto de paz só poderá ocorrer com a intervenção ativa da comunidade internacional
Em um momento em que a escalada do conflito evidencia a inutilidade da via militar, documento assinado por personalidades palestinas e israelenses em Genebra, demonstra que pode ser possível os dois povos decidirem por si próprios seu destino
A iniciativa de Genebra acabou demonstrando para os israelenses o que Sharon tentou esconder deles durante três anos: de que do lado palestino há parceiros dispostos a negociar e que há uma alternativa ao derramamento de sangue
Espancamentos e tortura são rotina na fortaleza de concreto israelense, onde presos desaparecem e são despojados de seus direitos mais elementares, nos termos das Convenções de Genebra
Apesar de inúmeras diferenças, o processo de segregação racial que prevaleceu na África do Sul tem vários pontos em comum com a política de exclusão e isolamento adotada pelo Estado de Israel em relação à população palestina dos territórios ocupados
Matar crianças é uma obsessão: nos últimos três anos, 700 palestinos e 100 israelenses com menos de dezesseis anos perderam a vida. Nesse mesmo período, o exército e os colonos israelenses mataram 382 crianças palestinas e 79 crianças judias morreram
Em meio a uma profunda crise econômica, agravada pela política do governo de cortes na área social, gastos com a ocupação militar e com as colônias nos territórios ocupados, já se vêem vestígios de pobreza e fome entre a população de Israel
Fracassada em seu propósito de acelerar o fim da ocupação e corrigir os desvios dos acordos de Oslo, a Segunda Intifada fortaleceu Sharon e se atolou em uma guerra sem controle, que veio a acentuar a disputa entre facções pela liderança do movimento nacional palestino
Retrato de Ramallah, na Cisjordânia, em junho deste ano, quando se multiplicavam os odiosos atentados contra civis israelenses e os assassinatos de alguns dirigentes palestinos, mas optando não mencionar a violência espetacular dessas explosões e do sangue, mas o sofrimento de um povo sob ocupação
Desde meados de fevereiro, encorajado pela polarização das mídias sobre o caso iraquiano, o exército israelense recrudesceu seu domínio sobre os territórios ocupados, particularmente na Faixa de Gaza, onde os assassinatos de palestinos se tornaram uma sinistra rotina
Idealizador e defensor ferrenho de uma solução baseada na existência de dois Estados (Palestina e Israel) vivendo em paz lado a lado, o dirigente palestino, cansado e trancado numa sala, lembra Rabin, “o único parceiro que realmente acreditava numa paz justa”
Por não considerar que os atentados-suicidas são uma forma de luta dos palestinos contra a ocupação e as agressões de seu exército, a tese da “transferência”, ou melhor, expulsão maciça dos palestinos ganha adeptos em Israel
A três semanas das eleições legislativas, num clima de insegurança sem precedentes, com a economia descontrolada, o desemprego crescente a população cansada de guerra e deprimida, o grande favorito, segundo as pesquisas, é o general Ariel Sharon
Embora as comunidades judaicas organizadas manifestem ostensivamente – após o 11 de setembro – uma “guinada para a direita”, existem, no mundo inteiro, inúmeras instituições judaicas que incentivam o diálogo e a compreensão entre árabes e judeus
Le Monde diplomatique transcreve, abaixo, alguns trechos do livro ’At Camp David, Advise and Dissent’, de autoria dos jornalistas Bob Woodward e Dan Baltz. A edição de 31 de janeiro de 2002 do jornal ’The Washington Post’ já divulgara estes trechos
A convicção de que seu Estado está em perigo, leva defensores da causa judaica a forjarem uma estranha aliança – uma “união sagrada” – entre militantes da extrema-direita e outros, originários da esquerda, desencadeando seu ódio aos jornalistas
O governo israelense está construindo um muro – uma fortificação com arame farpado, espessura de oito metros de concreto e torres de controle a cada 300 metros – em torno da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, encurralando, de forma definitiva, dezenas de milhares de palestinos
O jornalista Charles Enderlin estruturou seu documentário (“O sonho despedaçado”) a partir das entrevistas com os principais atores do fracassado acordo de Oslo, realizadas ao mesmo tempo em que acontecia essa lenta descida aos infernos
Muito antes da famosa visita-provocação de Ariel Sharon à Esplanada das Mesquitas, em 28 de setembro de 2000, o exército e os serviços secretos israelenses já estavam preparados para a eclosão do que viria a ser a (segunda) ’Intifada’
Num hospital na Faixa de Gaza, palestinos vítimas da violência ensandecida dos militares israelenses recebem tratamento de reabilitação médica, numa tentativa de recuperar, pelo menos parcialmente, sua capacidade físico-fisiológica
O jornalista Alain Ménargues revela em seu livro que os massacres de Sabra e Chatila foram por etapas: na primeira delas, um comando especial israelense invadiu os campos com uma lista – e o endereço – de 120 militantes palestinos, todos executados
Em junho de 2001, um grupo de cidadãos protocolou, na Justiça belga, denúncia de genocídio, crime contra a humanidade e crimes de guerra contra o então ministro da Defesa de Israel, Ariel Sharon. Ele é apontado como responsável por Sabra e Chatila
Há exatamente vinte anos, numa operação comandada pelo general Ariel Sharon, tropas israelenses e milícias libanesas de extrema-direita invadiram os campos de refugiados de Sabra e Chatila (Líbano), para promover um massacre que liquidou 1.490 pessoas
De dois anos para cá, a evolução do conflito entre israelenses e palestinos e os atentados-suicidas em Israel vêm angustiando boa parte dos judeus franceses. Além dessa, no entanto, há outras dúvidas: qual a essência do judaísmo num país europeu moderno?
Um livro recentemente publicado tem o mérito de desmentir veementemente a versão – divulgada por Israel e propalada pela mídia global – de que, na reunião de Camp David de julho de 2000, Arafat rejeitou a “generosa” oferta de paz de Ehud Barak
Habitadas por uma população fanatizada, defendidas a todo custo por Ariel Sharon e cada vez mais influentes, elas se transformaram no motor da ocupação da Palestina
Quando 75 mil homens eram enviados para território palestino e quando as maiores cidades da Cisjordânia se haviam transformado em ruínas, George W. Bush pronunciou a seguinte declaração: “Creio firmemente que Ariel Sharon é um homem de paz”.
Jenin foi invadida em 3 de abril, quinto dia da ofensiva israelense. A batalha foi dura e desigual. Os palestinos sofreram perdas enormes e os feridos agonizavam, uma vez que as ambulâncias do Crescente Vermelho foram proibidas de circular no campo
A guerra, na Palestina, não é feita apenas contra a população, mas contra o território. A destruição vista pela delegação de escritores que visitou a região, em março deste ano, ganhou este relato emocionante de Christian Salmon. Na mesma delegação, foram Russel Banks (Estados Unidos), Bei Dao (China), Breyten Breytenbach (África do Sul), Vincenzo Consolo (Itália), Juan Goytisolo (Espanha), José Saramago (Portugal) e Wole Soyinka (Nigéria)
O Oriente Médio vive uma escalada de violência que faz parecer distante a construção de uma saída diplomática. Para os fundadores da Coalizão israelense-palestina pela paz, no entanto, a solução existe: trata-se do acordo feito por ocasião das negociações de Taba, em janeiro de 2001
Há, entre israelenses e palestinos, uma maioria de cidadãos que deseja avançar rumo à paz e à reconciliação. Mas os sabotadores da paz mergulham a região numa engrenagem homicida
Paz agora, pois amanhã a fatura será ainda mais pesada. Todos aqueles que se empenham em torná-la improvável traem seu povo
A recusa a combater os palestinos deixou de ser marginal. O fenômeno se ampliou e atingiu novas camadas sociais. Alcança, em especial, unidades do exército regular, particularmente as dos reservistas
Desde o início da segunda Intifada, milhares de voluntários, de inúmeros países, participam de missões de solidariedade ao povo palestino. Todos eles têm por objetivo observar, testemunhar e contribuir para proteger a população
Três livros escritos por israelenses – que participaram de iniciativas diplomáticas na época – revelam novos detalhes das negociações de Camp David, ainda que os autores partilhem a linha de seu ex-primeiro-ministro, a qual ajudaram a elaborar
A prisão de Yasser Arafat em Ramallah, assim como a proibição de se deslocar, decorre de decisões do governo Sharon: por um lado, Arafat já não é um interlocutor apropriado e, por outro, a Autoridade Palestina é uma entidade que apóia o terrorismo
Desde suas origens, o Estado de Israel insulta todas as convenções da justiça internacional. Principalmente nos territórios ocupados, a prática da tortura é a regra. É uma prática que nunca acabou. Crianças, inclusive, são torturadas
Em uma dúzia de campos-gueto do pós-guerra civil libanesa, os refugiados palestinos não perdem um episódio da Intifada. Cada casa fica permanentemente ligada à televisão: as imagens, implacáveis, divulgam diariamente a realidade brutal da repressão
Ariel Sharon aprendeu as lições de Beirute, de 1982: nada de deixar a comunidade internacional tornar a salvar a pele do líder da OLP. E refletiu também sobre o fracasso de Netanyahu: não basta frear o chamado processo de paz; é preciso destruí-lo
O exército israelense destruiu três casas, onde viviam as famílias de três homens procurados, num vilarejo próximo a Ramallah: um do Hamas e dois da FPLP. Em alguns segundos, os explosivos deixaram cerca de trinta pessoas desabrigadas
O assassinato, em outubro, de um ministro israelense de extrema-direita por uma organização palestina, deu a Ariel Sharon o pretexto para a escalada com que sonhava: em poucos dias, o exército israelense ocupava todas as cidades autônomas
Sharon simplesmente decidiu aproveitar uma oportunidade “de ouro”, quando os olhos do mundo inteiro estavam fixos em Nova York e em Washington, para fazer “reinar a ordem” em Jenine: 13 mortos e cerca de 200 feridos, alguns em estado grave