» Corbyn: Um apelo à ação carregada de utopia
» Dowbor: Em busca de saídas ao inferno da precarização
» Como socorrer o Brasil que tem fome
» Guerra: a questão do critério e a confusão da esquerda
» Colômbia: como esquerda reavivou esperanças
» Getninjas: o perverso leilão digital de trabalho humano
» En France et en Europe, ces lois qui créent des clandestins
» Évolution des budgets militaires des pays membres de l'OTAN
» Comment ça marche ? Les structures de fonctionnement de l'OTAN
» Ventes d'armes des États-Unis à leurs partenaires
» Opérations militaires de l'OTAN
» Mario Vargas Llosa, Victor Hugo et « Les Misérables »
» Des médias en tenue camouflée
» Jénine, enquête sur un crime de guerre
» Le monde arabe en ébullition
» Lawfare in the Mediterranean
» Lebanon: ‘Preserving the past in hope of building the future'
» The poisonous problem of France's nuclear waste
» Can Medellín change its image?
» Venezuela: a ‘country without a state'
- (19/07/2008)
Esta cidade de veias escuras
Arrasta consigo pessoas idem:
Apenas uma e outra ainda riem
Mas não sabe de quê, ou quem.
Nem por quê. Acresce levarem
Junto ao corpo os farrapos
Do que um dia foram e seus olhos
Mirarem um ponto além ou aquém,
Mas estão sempre felizes,
E isso, ao cabo, é o que sobra
Depois do esforço cotidiano
De se arrastar em ônibus cheirando a vômito
Em troca de um feijão com arroz pastoso
E gente mais ou menos igual.
O dia nasceu há pouco, e o sol
Promete mais odores de dentro dos esgotos.
Mas nada há de novo:
Pessoas, cidade, feijão, arroz e vômitos
Têm todos precisamente o mesmo gosto.